Diversas comunidades do município foram sensibilizadas e deverão se adequar às normas de saneamento

A instalação correta do sistema de tratamento de esgoto nas residências é um dos pontos principais para a execução do Plano Municipal de Controle do Simulídeo, em Três Cachoeiras. Desta forma, diversas comunidades do município foram sensibilizadas para que se adequassem às normas de saneamento, auxiliando assim, não só no combate ao borrachudo, como também na preservação do meio ambiente e com a saúde pública.

Nas comunidades do Caravaggio, Vila Fernando Ferrari, Mesquitas, Chapada dos Mesquitas, Três Irmãos, Alegrete e Chapada do Alegrete, onde foram realizadas reuniões com os moradores e dadas as orientações necessárias, todas as residências devem ter seus sistemas de tratamento regularizados, com fossa, filtro e sumidouro. Os moradores que continuarem despejando seus esgotos em córregos, rios ou nascentes, serão notificados e terão que prestar esclarecimentos para a  FEPAM (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler) e PATRAM (Patrulha Ambiental da Brigada Militar). Essa regularização foi pactuada com as comunidades durante as reuniões, além da realização de mutirões de coleta de entulhos nos córregos.

Na última terça-feira (21), a equipe de Agentes de Combate as Endemias, Daiane Borges e Melissa Licker, o biólogo e responsável técnico pelo Plano, Lucas da Rosa Oliveira, e a equipe da Secretaria de Agricultura, auxiliaram a instalação do sistema de tratamento de esgoto de um morador da comunidade da Chapada do Alegrete. “A conscientização do agricultor Pedro Schultz em se regularizar foi essencial. Lembrando que o borrachudo deposita seus ovos em pedras e matérias orgânicas existentes nos córregos, onde, no período larvário, se alimenta de matéria orgânica, ofertada em grande quantidade pelo esgoto irregular, que além de servir de fonte de alimento para o borrachudo, elimina os predadores naturais que são os pequenos peixes. A regularização é fundamental para que seja realizada a aplicação do larvicida biológico “BTI”, utilizado no combate ao mosquito borrachudo”, informou Daiane.

Conforme explicou a agente, para a distribuição correta do BTI, o volume das águas deve estar normalizado e a água corrente precisa estar limpa, caso contrário as larvas não absorvem o produto. Além da aplicação do BTI, outras iniciativas também são necessárias para combater o mosquito, principalmente a limpeza das sangas e córregos, retirando folhas, galhos secos e qualquer outro material que viabilize a fixação e a reprodução das larvas. Outro local propício para a reprodução do borrachudo são as saídas de açudes e represas, sendo necessário, pelo menos uma vez ao ano, o escovamento das pedras, canos de PVC e de cimento onde acontece a vazão do excesso das águas.