Combate ao borrachudo é tema de palestra em comunidades de Três Cachoeiras
Combate ao borrachudo é tema de palestra em comunidades de Três Cachoeiras
A Secretaria de Saúde, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Três Cachoeiras, realizou nos dias 30 de julho e 6 de agosto, nas comunidades de Morro Azul e Chapada do Alto Rio do Terra, respectivamente, uma palestra sobre ações de combate ao borrachudo.
O painel, ministrado pela médica veterinária da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Dra. Anne Andrea Dockhorn Marth, evidenciou que o desequilíbrio ambiental é o fator principal pela abundância de borrachudos. “O desmatamento da mata ciliar – na maioria das vezes para aumentar o plantio de bananas e/ou criação de animais, a deficiência de saneamento rural em diversos locais e o uso de agrotóxicos, são fatores que causam um desequilíbrio no ecossistema, o que afugenta os predadores naturais dos borrachudos e favorece a sua proliferação”, explicou Anne.
A forma correta de aplicar o biolarvicida (BTI) usado no combate ao borrachudo também foi explicado pela médica. “O mal uso faz com que o biolarvicida não seja eficaz como o esperado e ocorre um desperdício. O trabalho em equipe e o comprometimento dos aplicadores são fundamentais”, disse Anne.
A palestra contou com a presença de moradores das localidades, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Janaine Aguiar Cardoso, e a secretária Albaniza Valim, a engenheira agrônoma da EMATER, Emiliana Cordioli, a secretária de Saúde Gilcinara Borges Pereira, o enfermeiro da Vigilância Epidemiológica, Luciano Behenck, as agentes de combate a endemias, Amanda Maia e Daiane Borges, as agentes comunitárias, Rute e Érica, e o vice-prefeito, Vilson Rodrigues.
Sobre os borrachudos:
Os simulídeos ou “borrachudos” como são conhecidos, são insetos pertencentes a família Simuliidae. Possuem uma coloração escura, podendo variar para tons amarelados dependendo da espécie, e medem cerca de 4mm. Os machos se alimentam de néctar das flores, enquanto as fêmeas necessitam de sangue e têm como costume atacar durante o dia. Seu ciclo de vida ocorre no meio aquático durante as fases de ovo, larva e pupa, e terrestre durante a fase adulta. Águas quentes sem a presença de mata ciliar e com grande número de matéria orgânica, formam ambientes propícios para sua proliferação, pois as larvas se alimentam da matéria orgânica presente na água.