4 toneladas de entulhos são recolhidos nas comunidades do Alegrete e Chapada do Alegrete em Três Cachoeiras
4 toneladas de entulhos são recolhidos nas comunidades do Alegrete e Chapada do Alegrete em Três Cachoeiras
Ação busca combater o borrachudo
Cerca de quatro toneladas de entulhos e restos de móveis foram recolhidos nas localidades do Alegrete e Chapada do Alegrete, em Três Cachoeiras, na última semana. A ação – promovida pela Prefeitura Municipal de Três Cachoeiras, por meio das Secretarias de Saúde, de Obras, Vigilância em Saúde e Departamento de Meio Ambiente em parceria com as comunidades – buscou combater o borrachudo na região.
A iniciativa faz parte de uma série de ações que estão sendo realizadas para combater o simulídeo, que ter se proliferado em grande escala no município. No âmbito do programa, são realizadas reuniões com as comunidades, onde são ouvidas as reclamações dos moradores sobre o borrachudo e, em conjunto, são definidas quais ações serão realizadas.
A primeira etapa é efetuada pelos moradores, que é a de limpeza dos entulhos. Posteriormente, é agendada uma data onde a Secretaria de Obras passa para recolher todo o tipo de entulho que esteja ou possa vir a estar dentro dos córregos e rios. Por último, o material recolhido é entregue na reciclagem no Rio do Terra, para receber a destinação correta.
Abundância do borrachudo
O desequilíbrio ambiental é o principal fator responsável pela abundância de borrachudos e têm impedido a quebra do ciclo reprodutivo e o consequente controle populacional destes insetos. “O ataque de borrachudos está comumente associado a deficiências no saneamento rural e a utilização de agrotóxicos, que chegam aos meios hídricos, eliminando peixes e invertebrados, predadores naturais do inseto. A retirada de matas que estão presentes nas margens dos rios, córregos, lagos e riachos é uma constante, causando desequilíbrio no ecossistema”, explicou a Agente de Combate a Endemias, Daiane Borges.
Diante do agravamento progressivo das condições ambientais provocadas pela interferência direta e/ou indireta do homem, o engenheiro agrônomo da Prefeitura, Carlos Cechin, o biólogo Lucas Oliveira, a secretária da Saúde Gilcinara Pereira e a Agente de Combate a Endemias Daiane Borges, estão trabalhando para a execução de todas as exigências feitas pela RESOLUÇÃO CONAMA n°467 para reduzir a incidência do borrachudo no município, além do uso de biolarvicidas.
Atualmente o problema se estende a diversas regiões do Rio Grande do Sul. Entre os anos de 2006 e 2014, foram feitas 726 coletas de simulídeos em 332 municípios do Rio Grande do Sul. Das 27 espécies identificadas, seis alimentam-se de sangue humano e estão presentes em todas as regiões do Estado.
Por ser um inseto que se beneficia com a degradação ambiental, a iniciativa tem como objetivo orientar os diferentes seguimentos da comunidade e da gestão municipal com o foco no ambiente, no manejo ambiental e no conceito de coletividade. “Essa ação é fundamental no controle do inseto, pois os biolarvicidas têm ação limitada e temporária, sem resolver efetivamente as causas que levam estes insetos a se tornarem uma praga”, completou Daiane.