Em audiência pública, prefeito de Três Cachoeiras pede explicação e faz reivindicações sobre a praça de pedágio
Em audiência pública, prefeito de Três Cachoeiras pede explicação e faz reivindicações sobre a praça de pedágio
Ato foi realizado em Brasília na última quinta-feira (7)
O prefeito de Três Cachoeiras, Flávio Raupp Lipert, participou na última quinta-feira (7) de uma audiência pública realizada pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater sobre os impactos negativos da implantação de praças de pedágio nas rodovias que dão acesso aos municípios de Montenegro (BR-386) e Três Cachoeiras (BR-101), no Rio Grande do Sul. A audiência foi liderada pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que defende que a construção das praças de pedágio acarretam muitos transtornos e estão trazendo muitos prejuízos para os moradores locais.
Durante a audiência, o prefeito de Três Cachoeiras entregou uma série de reivindicações relacionadas à instalação da praça de pedágio, que buscam amenizar o sofrimento dos moradores do município, principalmente os da comunidade de Caravagio. Dentre as cobranças estão à instalação, em caráter imediato, de quatro passarelas e uma passagem subterrânea na comunidade de Caravagio. “O prazo de conclusão é de três anos. Mas pedimos que a CCR reveja esse prazo. É a segurança dos moradores que está em risco”, afirmou Flávio.
Outro ponto que o prefeito pede atenção é com relação ao pagamento da taxa do pedágio pelos moradores de Três Cachoeiras, que trabalham em municípios vizinhos como Três Forquilhas e Terra de Areia e não vão utilizar nem 4 km da rodovia. Outro assunto destacado pelo prefeito em sua explanação, foi com relação aos estabelecimentos comerciais que terão que ser fechados em uma área de 1 km no entorno do pedágio. “Nós não podemos aceitar que algumas coisas eram possíveis no passado e hoje não são mais. Aqui não poderá ter nada 1 km pra frente e 1 km pra trás da praça. Mas aí eu pergunto, como que no pedágio da freeway tem? Eu não admito que tenha que fechar comércios perto do pedágio. Isso envolve famílias, pessoas trabalhadoras. Nós queremos uma resposta”, garantiu Flávio.
O prefeito afirmou ainda que em nenhum momento o município foi consultado para verificar a viabilidade da instalação da praça naquele local. “A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) nos pegaram de surpresa. Não houve nenhuma reunião na comunidade dizendo que ali seria a praça de pedágio e isso está trazendo prejuízos infinitos para a comunidade. O porquê ali? Um local com morros, curvas e cheio de moradores às margens da BR-101? Um local totalmente inapropriado. Cinco quilômetros à frente, que não tem morador nenhum, já fazia toda a diferença”, disse o prefeito, acrescentando ainda que a concessão não é o que está sendo colocado em pauta, mas sim os pontos do pedágio.
“A população é a que mais sofre com tudo isso. São produtores rurais, comerciantes, estudantes e trabalhadores. Espero que após essa audiência nossas reivindicações sejam atendidas para poder diminuir o sofrimento daquelas pessoas. Estamos cansados de ir em reuniões e não ter resultado algum”, concluiu Flávio, completando ainda que “esse momento foi muito importante, mas devemos nos manter unidos para que as demandas das comunidades sejam atendidas”, finalizou ele.
Participaram da reunião representantes da ANTT, além dos vereadores de Três Cachoeiras, Marcelo Paulart, Marco Antonio Policarpo e Ronaldo Leal e lideranças dos municípios de Dom Pedro de Alcântara, Terra de Areia, Torres e Osório.