Três Cachoeiras: 1 ano de pandemia da COVID-19
Três Cachoeiras: 1 ano de pandemia da COVID-19
Após um ano de pandemia do novo coronavírus (COVID-19), a Administração Municipal de Três Cachoeiras fez um levantamento dos dados dos atendimentos realizados na área da saúde no município.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram realizados 6980 atendimentos de casos com síndromes gripais. Destes, 3399 foram investigados se eram ocasionados pelo vírus da COVID-19. “Foram feitos 1131 testes de PCR e 2268 testes rápidos, sendo confirmados para o novo coronavírus 1047 pessoas”, informou a Secretaria.
Durante esse período, foram registradas 72 internações de casos suspeitos, sendo confirmados para o COVID-19, 59 pacientes. Além disso, houveram 22 óbitos até o momento (17/03/21), sendo o primeiro em 18 de junho de 2020 e o décimo em 14 de dezembro de 2020. No entanto, nos últimos 3 meses, foram registrados 12 óbitos.
“Fizemos e estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance para disseminar essa doença. Mas, infelizmente, nem aqui, nem no Estado, no Brasil ou no mundo, estamos conseguindo”, desabafou o prefeito de Três Cachoeiras, Flávio Raupp Lipert. “Durante um ano, concentramos todos os esforços para dar o melhor tratamento para as pessoas que fossem acometidas pelo vírus em nosso município. Reorganizamos o governo e focamos na saúde da nossa população. Criamos o Centro de COVID-19, uma área exclusiva para tratar da doença. Agora estamos unidos com prefeitos e associações, lutando para intensificar e agilizar a vacinação. Mas realmente estamos vivendo um momento muito triste e difícil”, completou Flávio.
O prefeito falou ainda da falta de alinhamento e união das autoridades para tentar buscar uma solução conjunta para a pandemia. “Enquanto estiver cada um puxando para um lado, não conseguiremos solucionar o problema da pandemia. O governo federal tem um posicionamento, os governadores tem outro, os prefeitos e empresários outro, e agora também o poder judiciário tem emitido suas decisões. Isso nos deixa muito inseguros enquanto gestor. Não sabemos se seguimos o decreto do Governo do Estado, ou as orientações do Ministério da Saúde, ou ainda o que a justiça determina”, lamentou o prefeito, acrescentando ainda que o pior é que quem fica no meio dessa confusão toda é a população e isso só piora a situação.
“Temos que tentar se unir. Acabar com as polêmicas. Principalmente a política, que está atrapalhando muito. Cada um tem que cuidar da sua saúde e fazer a sua parte. Não podemos esperar por presidente, governador, prefeito… e também por fiscalização. Não há equipe o suficiente para isso em nenhum lugar. Não se dá conta. Por isso a importância da consciência e contribuição de cada um. O momento é muito delicado. Muitas vidas estão sendo perdidas”, afirmou Flávio.
O prefeito defende ainda que o sistema de cogestão é a melhor solução no momento, pois cada município tem sua realidade. “Nós temos dois caminhos. O caminho da saúde, que é primordial. Mas também tem o trabalho das pessoas. Que se não cuidarmos vai acarretar em desemprego e consequentemente a fome. Temos que trabalhar de uma forma equilibrada e cada município sabe o que fazer”, garantiu ele.
Flávio comentou ainda que a intenção do grupo de trabalho do governo municipal é sempre de acertar e encontrar a melhor solução para ajudar a população a enfrentar esse momento. Mas, eles são seres humanos, e diante de todos os obstáculos e falta de sincronicidade das autoridades governamentais, eles podem errar.
Além das ações na área da saúde, outras iniciativas estão sendo trabalhadas pela Administração Municipal, como obras de infraestrutura. “Mas é um momento tão delicado da vida das pessoas, que a gente não tem nem motivação de falar das outras coisas. Estamos focados e preocupados é com a saúde de todos”, concluiu Flávio.
Todas as informações sobre o COVID-19 em Três Cachoeiras estão disponíveis no e-SUS – Portal da Secretaria de Atenção Primária a Saúde, no Portal BI – Informações de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (Business Intelligence), nos boletins diários que são encaminhados ao Governo Estado, além dos registros fornecidos pelos hospitais.